quarta-feira, 2 de novembro de 2011

POTRERILLOS - USPALLATA

Levantamos cedo para evitar o sol e o vento rumo a Uspallata. A cordilheira tem um clima próprio, quando sai o sol vem o frio. Começamos pedalando bem, a equipe está unida e concentrada:  César e eu (Leandro) puxando o bonde, Paulo fazendo o equilíbrio e Frederico na rabeira confortavelmente sentado sobre seu selim tipo poltrona. A estrada acompanha o curso do Rio Mendoza, estivemos durante todo o percurso num grande vale, com subidas e descidas. Desde o início já superamos aproximadamente 1.000 metros de altitude (atualmente estamos a 1,9 mil). No início o vento nos ajudou, mas quando entramos num trecho largo e sem a proteção das montanhas tivemos dificuldades para enfrentá-lo. Um desafio especial foi a presença de vários túneis para atrevassarmos, que mesmo curtos, foi necessário atenção, pois dentro não há acostamento. Amanhã (quarta-feira) deixamos Uspallata por volta das 6h da manhã em direção a Penitentes, onde talvez começaremos a enfrentar os efeitos da altitude.

Tempo de pedalada: 5h37min (tempo total)
Distância: 55,25 km
Velocidade média: 15 km/h
Velocidade máxima 51,6 km/h (Leandro) e 56 km/h (César)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

MENDOZA - POTRERILLOS

Saímos de Mendoza logo após ao meia dia com destino a Potrerillos. Sol forte, protetor solar e mucha, pero mucha água!! Passadas as sinaleiras e o trânsito da cidade entramos numa longa estrada com árvores e bastante bonita, sempre com uma leve inclinação. Paramos para comer uns sanduíches no caminho e entramos na Ruta Nacional 7, a rodovia que nos levará até o Chile. Pedalamos em meio aos vinhedos e com a cordilheira com seus picos nevados ao fundo. Gradualmente a dificuldade aumentava e o sol nos dizia adios!! As subidas foram ficando cada vez mais fortes e as paradas para água e descanso eram em um menor intervalo de tempo. César lembrava de uma melancia que havia comido na época do colegio, que de tão doce e gelada deu água na boca de todos. Por volta dos 50 km enfrentamos uma sequencia de subidas que pensamos que não chegaríamos, era o primeiro degrau da cordilheira. À medida que o sol descia vinha também o frio dos Andes. Chegamos a Potrerillos (uma pequena vila) em busca de uma cabana (refugio de montanha). Compramos comida, água e Paulo preparou uma macarronada para repor as energias.

Tempo de pedalada: 6h43min
Distância: 70 km
Velocidade média: 14,3 km/h
Velocidade máxima 44 km/h (Leandro) e 51 km/h (César)

Foto 1: equipe reunida saindo do abrigo em Potrerillos.

Foto 2: superando o primeiro degrau da cordilheira, de Mendoza a Potrerillos.

É pra frente que se anda e pra cima que se sobe!

ARRUMANDO AS BIKES

Segunda-feira – 31/10 – era o dia planejado para o início da expedição. Equipamos as bikes e fomos para a oficina del Sapito! Como a loja só abria às 10h, César teve tempo para fazer a boa ação do dia (foto ao lado) e colocar em prática seu excelente espanhol, aprendido em seus cursos de São Jerônimo. El Sapito chegou e bastante prestativo iniciou os reparos. O aro da bicicleta de Frederico foi prontamente descartado e deu-se início a um processo de substituição (com a montagem de raios). A câmara de ar teve o mesmo destino, indo para o lixo como o rótulo de imprestável! Algumas outras regulagens de câmbios e freios e às 12h estávamos liberados! Que alegria, ter nossas lindinhas em ponto de bala. Agradecemos ao colega El Sapito (foto ao lado) e fomos para o centro de Mendoza comprar Pesos, ação frustrada pelo fato do sistema bancário estar “fora do ar” (pelo menos não é só no Brasil que isso acontece). Por volta das 13h deixamos Mendoza com destino a Potrerillos.

EM MENDOZA

Acordamos no domingo cedo pela manha em Mendoza, pegamos nossas bikes (Frederico alugou uma no albergue, já que a sua foi gentilmente avariada pela  TAM e LAN) e fossos conhecer a cidade e procurar uma oficina de bicicletas. Que felicidade voltar a Mendoza! Estive aqui pela primeira vez em 1999 fazendo um semestre da UFSC na Universidad Nacional de Cuyo. Voltei há uns 3 anos atrás com Kamile Stadnick, Renata Turatti e Wilson Fetzner para passear. De bicicleta fomos à praça Independência, passeio Sarmiento (onde, César, nosso herói de São Jerônimo, perdeu a carteira e documentos pela primeira vez) e ao Parque San Martin. Andamos por tudo, conhecemos os lagos, ruas arborizadas e as várias praças de Mendoza... tudo de bike!! Em seguida, fomos achar a bicicletaria, onde na manhã de segunda-feira faríamos o conserto para encarar os Andes. Ao chegarmos à loja de bicicletas César, não satisfeito, perdeu a carteira e documentos pela segunda vez, sorte que voltou ao local e encontrou!! Para fechar, nosso colunista de Quaraí (Frederico) quebrou a bicicleta que alugou no albergue. Toca!

domingo, 30 de outubro de 2011

EQUIPE EM BUENOS AIRES

Saímos de Florianópolis no sábado pela manha. Orientados pela TAM, deveriamos receber nossas bagagens (inclusive as bicicletas) somente em Mendoza. Uma rápida parada em Porto Alegre, onde César pode rever os pais, rumamos a Buenos Aires. Ao desembarcarmos, procedimentos de imigracao e... surpresa!!! Quem nos esperava?? Sim, nossas bicicletas, que deveriam seguir para Mendoza. Segundo a funcionária da LAN, a TAM já foi avisada um quinhentas vezes que passageiros com conexoes internas deveriam retirar suas bagagens na chegada a Buenos Aires, mas gracas a comunicacao eficiente da empresa, seguem comendo os mesmos erros. Eramos um misto de alegria, pelo fato das bicicletas já terem percorrido metade do caminho, e de ansiedade, por elas ainda terem de enfrentar outro voo. Despachamos as bicicletas na LAN e seguimos para o centro de Buenos Aires, onde no bairro de San Telmo comemos uma deliciosa carne argentina. Ato continuo, voltamos ao aeroporto e embarcamos no voo para Mendoza. Quando já estávamos confortavelmente acomodados em nossas poltronas e preparando para partir uma voz em espanhol dentro do aviao procurava por el señor Cavalli (César). Pensei, pronto, deu mierda! Nao tinham conseguido passar as bicicletas no Raio X, teríamos que desembarcar para demontá-las, sendo que o restante da bagagem seguiria para Mendoza (sem nós!). Frederico falava em overbooking, Paulo mostrava-se preocupado e César (o membro da equipe mais fluente em espanhol), apenas sorria! Pegamos as bicicletas, tiramos a roda dianteira e as despachamos novamente, desta vez tendo certeza que havia sido tirada um chapa (Raio X) das bikes. Chegamos a Mendoza por volta das 21h30min e comecamos a montá-las. A bicicleta de Frederico foi avariada, entortaram o aro durante a viagem. Seguimos para o hostel, caímos na cama depois de um dia cansativo!

Foto 1: no aeroporto de Buenos Aires aguardando a chegada das bicicletas para desmontá-las.

Foto 2: os quatro patetas saboreando a deliciosa carne argentina em San Telmo - Buenos Aires

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

BICICLETAS EMBALADAS

Tudo pronto para a partida! Nesta manhã Frederico e eu (Leandro) embalamos nossas bicicletas para enfrentarem o tratamento de primeira classe que receberão da TAM e LAN. Não somos, diríamos assim, uns experts na arte de preparar bicicletas para viagem, no final elas ficaram parecendo cigarros que vem do Paraguai, mas esperamos que aguentem os carinhos dos funcionários das companhias aéreas. Basicamente, alinhamos o guidão, retiramos os pedais, protegemos o câmbio e passadores e não economizamos no plástico bolha. Depois dessa arte, os quatro integrantes do Cruce de los Andes se encontraram para um almoço de reunião na churrascaria Tradição, no Córrego Grande. Acertamos os últimos detalhes de materiais a serem levados e sobre os preparativos de cada um. Amanhã (sábado) às 9h embarcamos rumo a Mendoza, com conexões em Porto Alegre e Buenos Aires. Previsão de chegada às 19h05min hora local (20h05min Brasilia)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

SEM TV

Havia acertado com um canal de TV a cobertura do Cruce de los Andes. Na manhã de quarta-feira, dia 02/11, encontraríamos com a equipe de reportagem no alto da cordilheira. A ideia inicial era de que, como os times brasileiros de futebol estão participando da Copa Sul Americana, os repórteres que estivessem em Santiago do Chile cobrindo a partida chegariam um dia antes para ir ao nosso encontro na montanha. Dado ao fiasco e goleadas sofridas pelos times tupiniquins, não haverá jogos em Santiago e consequentemente adios reportagem! É amigo, depender de Flamengo e Botafogo é pracaba né ô!